O aumento considerável de mortos e desaparecidos políticos a partir do final da década de 1960 revela o impacto do AI-5 sobre um dos direitos humanos mais fundamentais: a vida. A esta estrutura de repressão se relaciona, no início da década de 1970, à política de Estado que visava eliminar a qualquer custo todos que fossem considerados “subversivos” sem deixar vestígios para não chamar a atenção da sociedade.

É nessa linha que o gráfico revela que, entre 1968 e 1985, ocorreram as mortes/ desaparecimentos de 49 mineiros.

O abuso do poder continuou após a vigência do AI-5, o que se pode perceber por meio das vítimas dessa lógica violenta promovida pela ditadura mesmo após o final da década de 1970. Assim, os que se destacavam devido a seus ideais de transformação social do País tinham menos chances de sobreviver à perseguição promovida pelo Estado.