Em 1971, Maria Dalce Ricas cursava o terceiro ano da Faculdade de Direito da UFMG e era vice-presidente do DCE. No dia 1º de maio daquele ano, durante uma manifestação contra a ditadura militar na Avenida Paraná, em Belo Horizonte, Maria Dalce foi detida pela Polícia Militar. A estudante foi acusada de terrorismo e filiação a partido político clandestino. Posteriormente, sob custódia da Polícia Civil no prédio do DOPS, em Belo Horizonte, a estudante Maria Dalce Ricas, segundo documentação enviada ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh), recebeu a visita de um enviado do então diretor da Faculdade de Direito da UFMG, Wilson Melo. O objetivo da visita era informar à estudante sobre a abertura de processo sumário contra ela, com base no Decreto-Lei 477. Segundo Maria Dalce, a abertura do processo sumário na Faculdade de Direito ocorreu imediatamente a sua prisão.

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